contexto

Eu tinha o projeto anterior na cabeça, mas não fazia parte dos meus planos transplantá-lo ali para a Floresta da Tijuca. Fui cuidadosamente observando o Museu do Açude, ainda fresco minha memória o convívio com o lugar, mais a coleção de imagens feitas a partir abril de 2012, entre as pescadas na rede, a vista de satélite, o mapa passado pela assessora da diretora Denise Grinspum, e também a planta baixa, com as curvas de nível, resultado da pesquisa no Iphan. Mas além das imagens, fui me lembrando dos nomes, como os li nos mapas, como os funcionários da casa chamavam os lugares, e dalí ia vindo um outro entendimento das áreas, limites: casa principal, jardins formais, jardins históricos, casa, espelho d'água...

O local escolhido para realização do trabalho foi o dos platôs, entre os jardins formais da casa principal e as cavalariças [Galeria Rugendas], é uma área que se encontra encostada na mata que encobre uma borda do terreno até o caminho e que passa logo acima despercebido pela diferença de planos. Os platôs ficam bem próximos da casa, são terrenos aplainados e gramados que dão para essa parede de mato.

Como havia dois platôs fui pensando em duas intervenções diferentes, ambas levando em conta o levantamento - içamento da camada gramada.

A primeira parte seguia o corte e silhueta do trabalho Peles (tear), enquanto a segunda ofereceria dois lugares, um deck gramado com perfurações por onde poderia se descer à parte de baixo, em terra nua.

Fui pesquisando na internet sites sobre jardins verticais, conversando com paisagistas que trabalham com novos materiais, uma agrônoma que trata dos jardins do museu, até que conversando com o Eduardo Coimbra cheguei ao agrônomo Eduardo Costa, que acompanhou os seus projetos.

A conversa fluida com Eduardo foi caminhando em busca de soluções, se estendendo ao serralheiro, aproximando-se de estimativas de custo e vimos que só caberia no nosso orçamento a primeira opção. Ficaríamos restritos ao primeiro platô e mais um projeto seria guardado na manga.