segunda-feira, 27 de maio de 2013

volta ao solo


Logo me lembrei do antigo desejo de trabalhar com gramados, que tinha desde 2005, quando participei do programa de residência artística no Watermill Center em Long Island, fui para lá assim que acabei de montar uma exposição na Laura Marsiaj Arte Contemporânea, que envolvia tapetes e moldes em porcelana - objetos que dialogavam com a arquitetura e os corpos do publico da galeria e passantes, onde também estava presente a idéia da ausência de um corpo e dos rastros deixados por ele.




Peles(tear), 2004-5
fotos: Vicente de Mello









Peles(corpo), 2004-5
Pele como marca de espaçamento texto: Viviane Matesco, 2005
fotos: Tatiana Grinberg e Vicente de Mello


Era o ano do Brasil no Watermill Center, e como artista convidada, eu desenvolveria um projeto durante as duas semanas da residência. Imediatamente veio uma vontade de tratar daquelas mesmas questões de solo naquele espaço aberto, agora em relação à construção paisagística - com uma matéria viva. Mas havia muito pouco tempo para fazer o projeto e fazia um calor infernal, era verão, eu não sabia se haveria tempo de adaptação do gramado sobre a terra arenosa e seca.











Ficaram as idéias, o desejo e as anotações de um projeto ainda não concretizado - foi para onde voltei, e fui reelaborando tudo pensando nas novas condições, no contexto e específicidades que tinha na minha frente.